quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fontes de Referência

www.suapesquisa.com
www.google.com.br
www.youtube.com.br

Livro:História, das cavernas ao terceiro milênio,volume 2
Autor:Myriam Becho Mota, Patrícia Ramos Mota
Editora:Moderna

Livro:História, Coleção Vitória Régia, 2º Edição
Autor:Renato Mocellim
Editora:Lago 
Sugestões de filmes.
Filme: Danton – Processo Revolucionário
Direção: Andrzej wajda
Ano: 1982
Gênero: Drama


Filme:
Filme: Casanova e a Revolução
Direção: Ettore Scola
Ano: 1982
Gênero: Drama

Filme: Maria Antonieta
Direção: Sofia Coppola
Ano: 2006
Gênero: Drama

Filme: Napoleão
Direção: Abel Gance
Ano: 1927
Gênero: Drama / Biografia


Filme: A Revolução Francesa
Direção: Doug Shltz
Ano: 2005
Gênero: Documentário



Filme: A Marselha
Direção: Jean Renoir
Ano: 1938
Gênero: Drama




Sugestões de livros.

Livro: A Revolução Francesa – Coleção Literatura
Autor: Hobsbawm, Eric J
Editora: Paz e Terra

Livro: Revolução Francesa – Volume I
Autor: Gallo Max
Editora: L & PM


Livro: Revolução Francesa – Coleção L & Pocket Encyclopaedia
Autor: Bluche, Frederic, Rials Stephane
Editora: L & PM


Livro: 1789-1799 / A Revolução Francesa – Coleção Estudos
Autor: Mota, Carlos Guilherme
Editora: Perspectiva


Livro: Origens Culturais da Revolução Francesa
Autor: Chatier, Roger
Editora: Unesp


Livro: As Pompas de uma Rainha Extravagante–Série Revolução Francesa-Volume III
Autor: Paidy, Jean
Editora: Record


Livro: Primórdios da Revolução Francesa
Autor: Junior, Manoel Pio Corrêa
Editora: Expressão Cultural


Livro: Revolução Francesa e Iluminismo – Repensando a História
Autor: Grespan, Jorge
Editora: Contexto



Livro: Luís, O Bem Amado – Série Revolução Francesa – Volume I
Autor: Paidy, Jean
Editora: Paz e Terra


Livro: A Estrada para Compiegne – Série Revolução Francesa – Volume II
Autor: Paidy, Jean
Editora: Record


Livro: 1789 – O Surgimento da Revolução Francesa
Autor: Lefevre, Georges
Editora: Paz e Terra


Livro: Política, Cultura e Classe na Revolução Francesa
Autor: Hunt, Lynn
Editora: Companhia de Letras


Livro: A Escola dos Analles (1929-1989) A Revolução Francesa da Historiografia
Autor: Burke, Peter
Editora: Unesp


Livro: Pureza Fatal – Robespierre e a Revolução Francesa
Autor: Scurr, Ruth / Schild, Marcelo
Editora: Record


Livro: As Funções da Retórica Parlamentar na Revolução Francesa
Autor: Gumbrecht, Hans Ulrich
Editora: UFMG




















*    Durante a revolução os bens da igreja foram confiscados, ou seja, o clero não saiu impune.
*    A Bastilha era uma prisão política da monarquia.
*    Naquela época o dinheiro (real) se chamava Soldo.
*    Quando o rei e sua família fugiram deixaram um empregado vestido com suas roupas para pensarem que era ele.
*    Existia um imposto sobre o sal que se chamava Gabela
*    Na França o voto feminino só foi instituído em 1944.
*    Quando acontece uma revolução um novo calendário é instituído.
*    Brumário é um mês do calendário Frances.
*    Revolução significa uma transformação radical de estrutura política, econômica e social, dos conceitos artísticos ou cientifico, ou seja, uma grande mudança.
*    O Faubourg Saint-Marcel e o bairro onde mora a gentalha de Paris, a gente mais pobre, mais turbulenta e mais revoltosa...
  Uma família vive num único quarto de paredes nuas e na total promiscuidade de pessoas de coisa, tanto assim que utensílios de cozinhas são misturados com os vasos noturnos.  
  A mobília não vale mais que 20 escudos e a cada três meses os moradores desses casebres se mudam porque são enxotados por não pagarem o aluguel. Assim vagem, transportando de um abrigo para outro a sua miséria tralha. Nestas casas não existem sapatos: pelas escadas escuta-se somente o barulho dos tamancos. As crianças estão nuas e dormem juntas...  
Do Tableau de Paris, de Louis – Sebastien Mercier, 1782-1788. Apud A Revolução Francesa, isto é/Senhor, p.12.    

                                   Tomada da Bastilha
*    Na época da revolução, a Bastilha já não tinha qualquer valor militar, nem era a prisão famigerada que se propala. Na verdade, quando houver a célebre “tomada da Bastilha”, existam apenas sete prisioneiros: um nobre desequilibrado, dois loucos e quatro falsários. Os rebeldes que invadiram a Bastilha estavam interessados na pólvora que lá estava armazenada.
              A queda da Bastilha teve um significado especial,pois um símbolo     do Antigo Regime era derrubado . 
 
                                     O  “Comunismo” dos Dieggers
*    Todos os homens  se ergueram pela liberdade... e aqueles dentre que pertencem à espécie  mais rica têm vergonha e medo de reconhecê-la quando a vêem,porque ele chega vestido em roupas rústicas... A  liberdade é o homem que girará o mundo de cabeça para baixo, por isso não espanta que tenha tantos inimigos...  A autêntica liberdade reside na comunidade em espírito e na comunidade das riquezas terrenas; ela é Cristo, o verdadeiro filho do homem que se espalhou por toda a criação e que ora reintegra todas as coisas em si mesmo...
 O pobre dos homens possui título tão autêntico e direito tão justo à terra quando  o mais rico dentre eles... A verdadeira liberdade reside no livre desfrute terra... 
WINSTANLEY, G. Apud HILL, C. O mundo de ponta-cabeça: idéias radicais durante Revolução Inglesa de 1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 117 – 140.
 ].            Declaração dos direitos de Homem e do Cidadão (26 de agosto de 1789)
*    [...] a Assembléia Nacional reconhece e declara [...] os seguintes direitos do homem e do cidadão:
Artigo 1 – Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais não podem ser fundamentadas senão sobre a utilidade comum.
Artigo  2- A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis* do homem . Esses direitos são : a liberdade, a prosperidade, a segurança e a resistência á opressão.
Artigo 3 – O princípio de toda soberania reside essencialmente na nação; nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Artigo 4 – A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que não prejudique a outrem[...].
Artigo 5 – A lei só tem direito de proibir as ações prejudiciais á sociedade[...].
Artigo 6 -  A lei é expressão da vontade geral [...].
Artigo 7 – Nenhum homem pode ser acusado ,preso nem detido senão nos casos de terminados pela lei, e segundos as formas que ela prescreveu [...].











Contexto Histórico’’

A França no século XVIII
     No século XVIII a França passava por uma situação de plena injustiça social, isso na época do Antigo Regime.
    Nesta época a França era um país absolutista, o rei controlava tudo, a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião de quem lhe servia. Não existia democracia. Os trabalhadores não podiam votar nem dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha ou eram condenada a guilhotina.
    Existiam três estados. O 1º era formado pelo clero, o 2º era formado pela nobreza (rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres), o 3º era formado pela burguesia, trabalhadores urbanos, camponeses, etc.
   Só o 3º estado pagava altos impostos com o objetivo de manter os luxos do 1° e 2º estado.
     Os camponeses e trabalhadores viviam na miséria. Mesmo a burguesia tendo uma melhor condição social queria uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
Assembléia Nacional Constituinte
     Em maio de 1789 os Estados Gerais se reuniram em Versalhes, manifestaram-se os conflitos dos três estados sobre o sistema de votação. A nobreza tinha 300 representantes, o clero 300 representantes e o terceiro 600. O clero e a nobreza queriam o voto por estado e o terceiro estado queria o voto por estado. Foi a primeira vitoria popular. Em junho o povo se reuniu em separado no “Salão da Pela” e prometeram ficar juntos até a França ter uma nova constituição. Em 27 de junho graças a manifestações populares, o rei reconheceu tal direito e pressionou os demais representantes das classes privilegiadas para que se reunissem ao terceiro estado como membros de uma Assembléia Nacional. Em nove de julho de 1978, os Estados Gerais se transformaram numa Assembléia Nacional Constituinte.

A Queda da Bastilha
    Em 14 de julho de 1793 o povo foi às ruas e tomaram a Bastilha, em busca de armas. E também libertaram os deputados constituintes.
    A tomada da Bastilha representou a queda do poder absolutista francês. Esse movimento revolucionário foi um marco, pois forçou o monarca a reconhecer o poder dos deputados constituintes, esses voltaram aos seus trabalhos que se estenderam até 1791.
   O lema era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
   Durante o processo revolucionário grande parte da nobreza deixou a França. A família real também fugiu, mas foi capturada. A monarquia foi presa, dentre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram que guilhotinados em 1793.
Girondinos e Jacobinos (Direita ou Esquerda?)
   Após a revolução o terceiro estado começa a se dividir, daí começam a surgir partidos com opiniões diferentes.
   Os Girondinos sentavam à direita no plenário e ficaram conhecidos como “à direita” e representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos na política.
    Os Jacobinos sentavam a esquerda e ficaram conhecidos como “à esquerda” e representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Na esquerda além dos Jacobinos tinha também o grupo dos Cordeliers.
    Existiam também os “montanheses” que sentavam no alto do plenário. Eles eram, por exemplo, defensores da participação popular no processo revolucionário.
Ao centro tinha “a planície” ou “o pântano” eram os grupos que ocupavam os cargos mais baixos no plenário. Suas posições políticas eram definidas de acordo com os acontecimentos.
    Como líder os jacobinos tinham Robespierre e Saint-Just, eles queriam mudanças radicais em beneficio dos mais pobres.
A República Jacobina
   O Ano I foi marcado com a Proclamação da República e foi instituído com um novo calendário francês. Em setembro de 1792 o poder foi estabelecido pela Convenção Nacional.
   Oficialmente o calendário republicano foi introduzido em 1793, dividido em 12 meses e 30 dias. Os meses eram relacionados aos ciclos agrícolas e da natureza.
MESES DO CALENDÁRIO REPUBLICANO
Vidimário (colheita de uva)
=de 22/09 a 18/10
Brumário (brumas, nevoeiro)
=de 22/10 a 20/11
Frimário (geada)
=de 21/11 a 20/12
Nivoso (neve)
=de 21/12 a19/01
Pluvioso (chuvoso)
=de 20/01 a 18/02
Ventoso (vento)
=de 19/02 a 20/03
Germinal (germinação)
=de 21/03 a 19/04
Floreal (flores)
=de 20/04 a 19/05
Prairial (prado)
=de 20/05 a 18/06
Messidor (colheita)
=de 19/06 a 18/07
Termidor (calor)
=de 19/07 a 17/08
Frutidor (fruto)
=de 18/08 a 21/09

   Logo no inicio, a hegemonia na convenção pertenceu aos Girondinos que eram interessados em conter o avanço das massas. Por causa das dificuldades no processo revolucionário esse projeto fracassou. Formavam-se novas coligações européias contra a França após a morte de Luis XVI. Para evitar a ameaça interna a Convenção criou em abril o Comitê de Salvação Publica, mas os sans-culottes foram mais longe. Em maio e junho de 1793 houve jornadas, os parisienses reivindicaram a democracia direta. A mobilização deu certo, pois resultou na expulsão de alguns líderes girondinos da Convenção e favoreceu a ascensão dos jacobinos. Os montanheses Maximilien Robespierre, Louis de Saint-Just, Marat,Danton e Hébert assumiram o poder.
   O Ano II iniciou-se com a República Jacobina e uma constituição mais radical e democrática. O novo governo favoreceu o pequeno produtor, pois facilitou a aquisição de terras, supriu os direitos feudais, tabelou gêneros de primeira necessidade, fixou salários, colocou escola primária publica e obrigatória. Instituiu o sufrágio universal para homens, direito de greve e direito a subsistência, ou seja, ninguém deveria viver na miséria. As mulheres começaram a participar de clubes, manifestações e chegando ate a se alistar na Guarda Nacional e no exercito. Assim elas obtiveram maior participação na vida pública. Entre 1792 e 1794 mães e donas-de-casa foram proibidas de toda e qualquer atividade política.
A Fase do Terror
   Em 1792 Robespierre, Danton e Marat junto com os radicais assumem o poder e a organização as guardas nacionais. Estas recebem ordens dos lideres para matar qualquer pessoa da oposição do novo governo. Muitos membros da nobreza e outros franceses da oposição e até mesmo pessoas da burguesia foram condenados a morte neste período. Foram cerca de 40 milhões de pessoas mortas. A radicalização e a violência são as marcas desta época.
OBS: Robespierre e Saint-Just foram presos e executados.
A Burguesia no Poder
   Houve uma reação conhecida como Termidoriana, foi um golpe de estado que colocou fim na participação popular no movimento revolucionário.
   Um novo governo é formado chamado Diretório. Esse governo era autoritário e tinha uma aliança com o exercito. Eles fizeram uma nova constituição capaz de manter a sociedade burguesa livre de uma dupla ameaça: A Republica Democrática Jacobina e o Antigo Regime.
Em 1796 houve uma reação conhecida como Conspiração dos Iguais. Esse movimento foi liderado por Graco Babeuf. Ele queria alcançar a igualdade afetiva entre os homens. O Diretório acabou com a revolta decretando a pena de morte contra todos participantes da conspiração.
   Além das ameaças internas houve ameaças externas que o Diretório teve que enfrentar. O general Napoleão Bonaparte se destacou.
O golpe do 18 Brumário colocou três cônsules no poder: Bonaparte, Sieyés e Roger Ducos.
 OBS: O 18 Brumário foi um golpe que colocou Bonaparte no poder e acabou com o Diretório. Sua ascensão pôs fim aos distúrbios provocados pela “esquerda” igualitária e pela reação monarquista, assegurando a burguesia, a desejada estabilidade política.
Conclusão
    A Revolução Francesa foi um marco muito importante na História moderna da nossa civilização. O povo ficou mais independente e seus direitos passaram a ser respeitados. Houve uma significante melhoria para a vida dos trabalhadores urbanos e rurais.
    De certa forma a burguesia conduziu o processo de forma a controlar e garantir seu domínio social.
    A Revolução Francesa influenciou a independência de alguns países da América Espanhola com ideais iluministas e influenciou também o movimento da Inconfidência Mineira no Brasil.